Já foram muitas as águias-reais (Aquila chrysaetos) que encheram os céus nos Gerês. Hoje, já só resta uma, solitária, que continua a dar cor aos céus e a fazer acreditar que ainda é possível fazer a reintrodução destas magníficas aves no Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG).
No início dos anos 80, restavam quatro casais destas aves. Passados vinte anos, quando já só um desses casais restava, morreu o macho do par, deixando só a sua fêmea. A caça, os fogos, os insecticidas e a falta de presas, foram os responsáveis pelo desaparecimento destas aves.
Agora, o céu é só dela, e todos a conhecem. Resta a esperança que se tente a reintrodução de mais animais desta espécie, antes que a morte chegue para esta sobrevivente, que tendo já passado dos 20 anos, está a chegar ao fim da sua vida. Quando ela morrer, restará um vazio, pois nenhuma outra ave vai preencher o seu espaço e o seu território. É uma herança que se perde, por falta de herdeiros naturais...
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